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Marita Martins
Publicado em 15/07/2021 - 09:14 Por Hugueney BisnetoEm 1966 eu tinha 5 anos mas com meus 10, 11 anos pude conhecer a pessoa, a persona, a dama,
a socialite pois meus pais transitavam o high society e também como
o colunista carioca Zózimo Barroso do Amaral dizia: “a locomotiva social”.
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Ela passou por Uberlândia, como vocês verão no texto, fez amizades e muita história.
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E esta história uma colega de jornalismo de Brasília conta em seu centenário.
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Antes de você ler, quero atiçar minha caixa de comentários e quero que você interaja comigo.
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Escreva por favor, dê sua opinião e faça sua observação me contando sobre,
além da elegância de dona Marita, Pneus OK, mãe de Luiz Estêvão....
o que mais aconteceu em sua passagem pela cidade,
a locomotiva em nossa sociedade em determinado clube recreativo......
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Enfim
Deliciem-se com a história.
Marita Martins: uma homenagem no centenário de um símbolo de elegância e generosidade
Por : Claudia Meireles
Marita Martins comemoraria 100 anos nesta sexta-feira (2/7). A socialite foi uma das mulheres mais elegantes do Brasil
Quem conheceu, conviveu ou apenas viu Marita Martins certamente tem memórias para
contar da personalidade que marcou o Brasil.
Dona de um carisma e charme ímpares, a socialite comemoraria 100 anos nesta sexta-feira (2/7).
Embora tenha partido antes de completar o centenário, as lembranças de amigos e familiares
continuam vivíssimas e, agora, são trazidas nesta linda homenagem.
Marita sempre esteve no rol das 10 mulheres mais elegantes do Brasil e a primeira da capital federal.
Marita nasceu em Belém do Pará, e recebeu o nome de Maria de Nazaré. Filha do juiz federal pernambucano
Luiz Estevão de Oliveira e de Maria Octávia da Gama e Abreu Estevão de Oliveira, foi considerada a jovem
paraense mais bonita da capital do estado da região Norte. Devido ao trabalho, Luiz mudou-se
para o Rio de Janeiro e, por lá, a filha dele viveu toda a juventude.
Em solo carioca, Marita casou-se com Lino Martins Pinto.
Nos anos seguintes, o casal decidiu viver em Uberlândia, Minas Gerais.
Em 1966, Brasília tornou-se o lar dos dois.
O legado de Marita Martins continuou por meio do filho, Luiz Estevão de Oliveira Neto;
da nora, Cleucy Oliveira;
e de seus seis amados netos — Fernanda, Ilca Maria, Luiz, Cleuci, Luiz Eduardo e Luiza.
A coluna Claudia Meireles conversou com amigos, admiradores e profissionais que realçaram a beleza e
elegância de Marita Martins.
Em todos os depoimentos, foi unanimidade a afirmação de que a socialite é uma pessoa inigualável e
referência em glamour, simpatia e educação.
“Em Brasília, ninguém a substituiu nesses termos”, ressalta Eliana Starling.
O mesmo ponto de vista foi compartilhado pelo maquiador Luiz Carlos Gomes de Alvarenga.
Ao lado da “musa inspiradora”, ele viveu momentos inesquecíveis.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Os pais, Maria Octávia da Gama e
Abreu Estevão de Oliveira e Luiz Estevão de Oliveira
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Na sua juventude, linda!
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Nos primeiros anos de Brasília
“Tenho uma foto dela no meu quarto”, confessa Luiz Carlos.
Ao recordar de Marita Martins, o maquiador não conteve as lágrimas.
Afinal, foram 40 anos de convivência, que resultaram em uma amizade sólida.
Quando a socialite não podia visitar o salão do profissional, ele ia até o local
onde estava a musa inspiradora.
“Ela era uma pessoa clássica. Sempre usou o mesmo cabelo e fazia roupas
com o Clodovil Hernandes e o Guilherme Guimarães.
Extremamente sofisticada e a mais diferenciada que tinha”, rememora.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Elegância retratada
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Natureza e animais, suas paixões
Presença ilustre
Apaixonada por Brasília, Marita desembarcava com frequência em São Paulo e no Rio de Janeiro,
quando não estava em viagens por outros cantos do mundo.
Onde chegava, tratava de contagiar a todos ao redor com sua energia positiva e pulsante.
Presença ilustre no circuito social, a personalidade conquistou amigos por onde passou e, por isso,
era festejada em todo o país.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Marita e Lino se mudaram para Brasília em 1966
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Lino, amor e companheiro de uma vida inteira
De acordo com Ana Maria Gontijo, independentemente de Marita ser anfitriã ou
convidada de um evento, todos faziam questão de esperá-la chegar.
“As pessoas aguardavam a chegada de Marita nas festas, porque cada vez era um
figurino diferente. Entrada triunfal!
Sempre bem vestida, ninguém se igualava a ela em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.
A número um”, revela Ana Maria.
Colunista social mais antigo do Brasil, Gilberto Amaral iniciou o depoimento em
homenagem à socialite com a expressão “elegância nata”.
O pioneiro não economizou palavras no agradecimento à grande amiga:
“Com a maior honra e saudade, participo desta homenagem a uma das senhoras
mais elegantes que conheci nos meus anos dourados da minha coluna na Corte.
MARITA MARTINS só pode ter o seu nome escrito em letras maiúsculas
ou douradas quando é para se comentar sobre sua elegância e – por que não
acrescentar – finesse.
Nos acontecimentos de Brasília, se MARITA ainda não tivesse chegado,
havia sempre um suspense
dos convidados para assistirem à sua entrada e ao deslumbramento de sua
elegância internacional –vale ressaltar, de braço dado com o seu querido Lino.
MARITA, hoje a sua generosidade e
elegância desfilam na passarela celestial”, destaca Gilberto Amaral.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Posando com o quadro de seu bisavô Barão do Marajó
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Segunda mãe para Cleucy
Coração enorme
Existe diferença entre ser elegante com o que veste e com o que se é, cita Eliana Starling.
Na avaliação da amiga, Marita era os dois: “Educadíssima, a finesse, glamour e charme
dela vinham de dentro.
Era simples, simpática e tratava todo mundo bem, muito carinhosa e afetuosa.
Não tinha estrelismo. Incrível, uma pessoa elegante por completo”.
A palavra que Eliana usou para descrever a homenageada foi “admirável”.
Cabeleireiro da socialite por mais de duas décadas, Stephanny Gomes de Oliveira
recordou de uma situação que o impressionou e deixou claro o quanto o coração de
Marita Martins era enorme.
O profissional atendia a cliente no período matutino.
Na ocasião, ela costumava abrir convites e encomendas.
“Ela ficava olhando e selecionando. Uma vez, meninas deficientes de um
orfanato no Ceará enviaram um presente.
Chegou em um pacote muito grande e eu a ajudei a abrir”, recorda.
Enquanto desembrulhava o presente, Stephanny notou que a cliente se emocionou
e foi às lágrimas.
“As meninas mandaram roupas de cetim para a cama.
Todas as peças traziam bordado o monograma dela e do marido.
Me marcou quando a dona Marita me disse que eram as meninas dela”,
destaca o cabeleireiro.
A socialite contribuía financeiramente com a instituição social.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Jurada de Concurso de Carnaval
Paixões
As plantas e os animais encabeçavam os primeiros lugares da lista de paixões da socialite.
Para ampliar seu jardim impecável e variado, quando encontrava uma muda diferente ou
bonita durante alguma viagem pela Europa, Marita trazia em mãos dentro do avião.
Ela também não escondia o amor que sentia pelos bichos, seus fiéis companheiros.
Ao longo da vida, chegou a adotar cachorros e gatos de rua.
A personalidade não só teve pets domésticos, mas também mais de mil gansos,
400 galinhas-d’angola e 70 aves.
À coluna, Ana Maria Gontijo voltou ao túnel do tempo ao relembrar memórias
vivenciadas com a amiga.
“A mulher mais elegante indiscutivelmente que eu já conheci.
Figura fina, com uma postura bonita e o coração grande, sabe?”, questionou a socialite.
Quando se encontrava, a dupla tinha um assunto em comum que embalava o papo por horas.
“Ela amava os bichos, eu também.
Nós tínhamos cachorros grandes e a gente conversava sobre o amor aos animais”
, acrescentou.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Recebendo medalha de Honra ao Mérito
Nora de Marita, Cleucy Oliveira, em sua homenagem, lembrou da paixão da
sogra pelas plantas e animais:
"D. Marita era uma mulher que poderia atravessar o milênio e ainda
seria a mais elegante de todas.
A sua elegância não era apenas no se vestir, mas em suas atitudes,
na sua bondade, na preocupação com a natureza e com os animais em geral.
Tive a grande bênção de tê-la como sogra que, na verdade, foi minha
segunda mãe, desdobrando-se em cuidados comigo e com meus filhos.
D. Marita nos faz uma imensa falta. Que Deus a tenha e guarde."
Cleucy Oliveira
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Com a grande amiga Elcy
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Bela aos 80 anos
Ícone
Nas quatro décadas em que embelezou Marita Martins, o maquiador
Luiz Carlos Gomes de Alvarenga acompanhou a cliente e confidente em
diversas viagens.
“Ela era uma amante de festas.
Marcava presença nos eventos sociais em São Paulo e no Rio de Janeiro,
além de Brasília”, rememora.
Outra paixão da socialite era o Carnaval.
De acordo com o expert, a amiga aguardava ansiosamente a
chegada do Baile do Copa, no Copacabana Palace.
“Dos momentos em que estivemos juntos, eu costumava ajudá-la a escolher as roupas.
No Rio de Janeiro, ela usava fantasias lindas para o baile Copacabana Palace.
Marita chegava e o pessoal ficava boquiaberto, pois elegia peças de estilistas maravilhosos.
Uma mulher moderna e buscava isso, quando viajava trazia looks de fora.
Ela criou o estilo Marita Martins.
Uma pessoa imbatível. Ninguém a supera”, garante Luiz Carlos.
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Estilista Clodovil
PS: o costureiro Clodovil Hernandez esteve em Uberlândia exclusivamente para vestir Marita Martins.
Confirmando as memórias do maquiador, a colunista Lia Dinorah descreveu a socialite como
“uma mulher à frente de seu tempo”.
A jornalista lembrou de características de beleza da amiga, como o cabelo curto.
O corte se transformou em uma marca registrada de Marita, conforme explicou o
hair stylist Stephanny Gomes de Oliveira:
“Ela gostava do cabelo curto, bem arrumado e tratado. E realmente fazia parte do seu estilo”.
Para Lia, a socialite também é e sempre será uma “musa inspiradora”.
"Sinônimo de elegância, requinte e beleza, Marita Martins era uma das
mulheres mais respeitadas
e admiradas da capital do país.
Ela estava sempre à frente do tempo, tanto com seus belos e charmosos
cabelos curtos, como com
os maravilhosos modelos grifados que usava e que sempre arrancavam suspiros de
todos em cada lugar que surgia.
Única, fina, musa inspiradora de uma época memorável de Brasília.
Uma mulher inesquecível, que deixou sua marca na alta sociedade da
Corte e que sempre será reverenciada.
Jamais se verá uma elegância como a dela!"
Lia Dinorah
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Agraciados com medalhas de Honra ao Mérito
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Sempre na companhia de seus amados companheiros
Depoimentos
“Saudade” é a palavra dita por Luiz Carlos para descrever a confidente.
Segundo Ana Maria Gontijo, quando “gostava de uma pessoa,
Marita gostava mesmo” e cativava ao máximo a amizade.
Ao longo da vida, a personalidade criou laços que permanecem
firmes e fortes até na atualidade.
A seguir, veja depoimentos de outros admiradores da socialite.
Em palavras sinceras, eles homenagearam a
“inesquecível Marita Martins”. Confira!
“Falar sobre Marita Martins e sobre o que ela representou na sociedade de
Brasília é fácil.
Ela era uma verdadeira ‘Lady’, no falar e no andar.
Onde chegava, atraía as atenções só para ela.
Perfeita! Impecável!
Amiga querida, formava com o marido Lino um casal sensacional.
Brilhava, como uma estrela que jamais será esquecida”,
salienta Mara Amaral.
Marita, mulher elegante, discreta e serena!
Pessoa encantadora, generosa e solidária.
Presença marcante nos eventos com tranquilidade e muita educação.
Sempre com um sorriso cativante e com palavras amáveis de elogios a todos.
Deixou muitas saudades! Foi um mito de elegância e bondade.
Admirada por todos
Aurea Farah
“Brasília nunca mais teve uma personalidade tão marcante, nos segmentos social,
cultural e filantrópico da capital, como dona Marita Martins.
Ela era uma mulher à frente de seu tempo.
Não só na elegância impecável, mas também nos gestos solidários com os mais
necessitados e também na defesa do meio ambiente, quando
pouco se falava sobre o assunto.
Era uma personalidade daquelas inesquecíveis, que representava
Brasília sempre com categoria,
por onde quer que passasse.
Deixou o seu legado em nossa capital e, hoje, data em que
completaria 100 anos se viva estivesse,
recebe o carinho e o respeito dos familiares e da legião de
amigos e admiradores que possui.
Tenho lindas lembranças de dona Marita, como nos bailes de
carnaval do Copacabana Palace,
onde sempre marcava presença.
Uma das últimas vezes que estive com ela foi em um evento para
o Dia das Mães, realizado na
Magrella, onde esteve acompanhada da nora Cleucy, sua filha do coração.
Fica a saudade!”, destaca o colunista Marcelo Chaves.
Conviver com Marita Martins foi um privilégio pelo qual hei
de ser sempre grata.
Era sempre um prazer encontrar aquela que foi uma das grandes
damas da cidade eusufruir de sua presença elegante, dos seus gestos afáveis,
de sua doçura e gentileza.
Marita era uma figura admirável, exata e sóbria, mas invariavelmente
pródiga nas palavras de carinho,
exemplo marcante de bom gosto, ícone, cuja vida continua
a nos inspirar todos os dias
Salma Guimarães Farah
Foto: Hugo Barreto/Metrópoles
Legenda: Marita Martins, ícone de estilo
Fonte: metropoles.com