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AMOR E HIGIENE em 1600
Publicado em 11/11/2021 - 16:55 Por Hugueney BisnetoNa Idade Média,
não havia escovas de dente,
perfumes, desodorantes e muito menos papel higiênico.
Excremento humano era jogado das janelas do palácio.
Num dia de festa, a cozinha do palácio podia preparar um
banquete para 1500 pessoas, sem a mínima higiene.
Nos filmes de hoje, vemos pessoas daquela
época se sacudindo ou se abanando.
A explicação não está no calor,
mas no mau cheiro que exalavam
sob as saias (feitas de propósito para conter o cheiro
das partes íntimas, já que não havia higiene).
Também não era costume tomar banho devido ao frio
e à quase inexistência de água corrente.
Só os nobres tinham lacaios para abaná-los,
dissipar o mau cheiro que o corpo e a boca exalavam,
além de afugentar os insetos.
Quem esteve em Versalhes admirou
os imensos e belos jardins que, naquela época, não eram
apenas contemplados, mas serviam de banheiro
nas famosas baladas promovidas pela monarquia,
por não haver banheiros.
Na Idade Média, a maioria dos casamentos
acontecia em junho (para eles, o início do verão).
O motivo é simples:
o primeiro banho do ano era
tomado em maio;
então, em junho, o cheiro das pessoas
ainda era tolerável.
Porém, como alguns cheiros já
começavam a incomodar, as noivas
carregavam buquês de flores perto do
corpo para disfarçar o fedor.
Daí a explicação da origem do buquê de noiva.
Os banhos eram feitos em uma única
banheira enorme cheia de água quente.
O chefe da família teve o privilégio
do primeiro banho em água limpa.
Então, sem trocar a água, os demais
chegaram à casa, por ordem de idade,
mulheres, também por idade e, por fim, filhos.
Os bebês eram os
últimos a se banhar.
As vigas de madeira, que sustentavam
os telhados das casa, eram o melhor lugar
para os animais, cachorros, gatos, ratos e besouros,
se aquecerem.
Quando chovia, as goteiras
obrigavam os animais a pularem no chão.
Quem tinha dinheiro tinha chapas de lata.
Certos tipos de alimentos oxidam
o material, fazendo com que muitas
pessoas morram de envenenamento.
Os hábitos de higiene da
época eram terríveis.
Os tomates, por serem ácidos,
foram considerados venenosos por muito tempo,
as xícaras de lata eram usadas para beber cerveja ou uísque;
essa combinação às vezes deixava o indivíduo "no chão"
(numa espécie de narcolepsia induzida pela
mistura de bebida alcoólica com óxido de estanho).
Alguém andando na rua pensaria
que ele estava morto, então eles
recolhiam o corpo e se preparavam para o funeral.
Em seguida, o corpo era colocado
na mesa da cozinha por alguns dias e a família observava, comia, bebia
e esperava para ver se o morto acordava ou não.
A Inglaterra é um país pequeno,
onde nem sempre havia um lugar
para enterrar todos os mortos.
Os caixões foram então abertos,
os ossos removidos, colocados em
ossários e a tumba foi usada para outro cadáver.
Às vezes, ao abrir os caixões, percebia-se
que havia arranhões nas tampas internas,
indicando que o morto havia, de fato, sido enterrado vivo.
Assim, ao fechar o caixão,
surgiu a ideia de amarrar uma alça do
pulso do falecido, passando-a por um
orifício feito no caixão e
amarrando-a a uma campainha.
Após o enterro,
alguém foi deixado de plantão ao
lado do túmulo por alguns dias.
Se o indivíduo acordasse,
o movimento de seu braço faria soar a campainha.
E seria "salvo pelo gongo” - que é uma expressão
popular que usamos até hoje.
Graças à Deus nasci em 1961.
Carlos Hugueney Bisneto.