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Desafios de um mercado pós pandemia

Publicado em 12/05/2021 - 01:25 Por Prof. João Carlos Batista
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Créditos da imagem: https://nerdweb.com.br/
Hoje o tema abordado é uma sugestão de nosso amigo e colunista do Portal Mega Minas, Adriano Sant'anna. Obrigado amigo pela excelente sugestão!!!

- A atual pandemia, provocada pelo coronavírus (COVID-19), apresentou à humanidade uma situação sem precedentes na era moderna. A história nos apresenta alguns registros com características semelhantes como as duas guerras mundiais a nível geral, a peste espanhola na área da saúde em 1918, e o crack da Bolsa de Valores de Nova York na área econômica em 1929.

A Covid-19 levou países em todo o mundo a paralisar praticamente todas as atividades que envolvem a circulação de pessoas, inclusive com o fechamento de atividades empresariais, imprescindíveis para a garantia da economia e sustento da população, com disponibilidade de recursos financeiros incontáveis para a adoção de ações voltadas para a minimização dos problemas gerados e investimento volumosos nas necessidades relacionadas à saúde, de forma a buscar a todo custo uma cura para esta terrível doença.

No Brasil, o impacto provocado por lockdown nas unidades da federação, o destaque catastrófico dado ao assunto por alguns setores, e a politização que foi dada a um tema essencialmente técnico da área da saúde, tem criado um grande desespero no ambiente econômico brasileiro.

Quando falamos na mortalidade ocorrida com o advento desta pandemia, não podemos esquecer que, além das mortes de pessoas físicas (seres humanos), que nos fazem sentir imensamente esta dor, e buscar o conforto para famílias em luto, temos também a morte de um número altamente relevante de pessoas jurídicas (empresas), cujo falecimento (falência) acomete não apenas as pessoas com vínculo familiar, mas várias famílias que estão diretamente ligadas às atividades da mesma.

Segundo o Jornal Estado de Minas (https://www.em.com.br) de 01/03/2021, “Entre inaugurações e fechamentos, o comércio perdeu 75,2 mil pontos de venda, revela estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), obtido com exclusividade pelo Estadão. O levantamento considera lojas com vínculo empregatício que entram no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). O estrago em 2020 só não foi maior por causa do auxílio emergencial, segundo o economista-chefe da CNC e responsável pelo estudo, Fabio Bentes. "Sem o auxílio teríamos tido seguramente mais de 100 mil lojas fechadas."

Segundo o Jornal do Comércio (www.jornaldocomercio.com) de 11/05/2021, “Em 2020, as micro e pequenas empresas responderam por 98,8% dos pontos comerciais fechados. Todas as unidades da Federação registraram saldos negativos. Os estados mais impactados foram São Paulo, com 20.3 mil lojas, Minas Gerais, 9.5 mil, e Rio de Janeiro, com 6 mil.” 

É claro que em alguns casos, empresas que já vinham passando por dificuldades financeiras em função de gestões deficitárias, aproveitaram para fechar as portas alegando a pandemia como causa, e resguardando a integridade do relacionamento empregador x empregado, mas prefiro acreditar que isto certamente sejam casos pontuais.

Diante de tudo isto, quais os desafios de um mercado pós pandemia?

Bom, esta é uma pergunta que tem esquentado a cabeça de vários estudiosos de administração e principalmente dos empresários que, apesar de todas as dificuldades, continuam no mercado.

Nem mesmo os maiores especialistas do mundo conseguem prever o tempo de recuperação da economia e muito menos como ela se dará nos ambientes econômicos.

O certo é que o aumento de custos e redução de lucratividade com as medidas sanitárias e distanciamento social, são uma realidade para todas as empresas, sejam elas micro, pequenas, médias ou grandes empresas.

Cientes de que a Covid-19 não acabará, estando certo de que teremos que aprender a conviver com a mesma, assim como aprendemos a conviver com H1N1, HIV, Zika, Chikungunya, e outras, as empresas que pretendam sobreviver no ambiente pós pandemia terão que se adaptar às novas regras de higienização, de comportamento de colaboradores, parceiros e clientes, que certamente continuarão depois de passada essa fase de isolamento, o que implicará em operar com custos mais elevados do que aqueles anteriores a esse período.

Algo que precisamos considerar é que todos os fatores acima citados levaram os indivíduos a buscarem novas formas de atenderem suas necessidades e expectativas de consumo, já que em grande parte do tempo estiveram impedidos de circular livremente para buscar os produtos e serviços que necessitavam. 

Isto fez com que as tendências de automação nos processos, flexibilização da jornada de trabalho, modernização dos processos operacionais e de gestão com foco nas mudanças digitais, antes previstas para acontecer gradativamente, ocorressem praticamente “de um dia para o outro”.

Segundo o analista de competitividade do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Gustavo Reis, questões como o e-commerce, o crescimento do delivery e o teletrabalho já estavam no radar dos empresários, mas a pandemia colocou essas mudanças na ordem do dia. “Implementar essas inovações no menor prazo possível acabou se tornando uma questão de sobrevivência para muitas empresas”.

De acordo com a agência de notícias CNI, Levantamento realizado pela Infobase Interativa mostra que 13% da população fizeram sua primeira compra on-line em virtude das medidas restritivas impostas pela pandemia de coronavírus. Entre os que já tinham esse hábito, 24% aumentaram suas compras pela internet. Esse crescimento também foi mapeado pelo Sebrae. “Mesmo no contexto de crise, percebemos que as empresas que já tinham investido em plataformas de venda on-line e de entrega conseguiram se adaptar mais rapidamente e, em muitos casos, tiveram aumento das vendas”, conta Gustavo Reis. Outra tendência antecipada é o home office. Pesquisa da  ISE Business School constatou que, passado o choque inicial, 80% dos gestores afirmaram gostar da nova forma de trabalhar. Em entrevista ao Estadão, Cesar Bullara, diretor e professor do departamento de gestão de pessoas do ISE, garantiu que a nova realidade veio para ficar. André Miceli, professor da Fundação Getulio Vargas (FGV), concorda. Ele calcula em 30% o percentual de crescimento do trabalho remoto após o fim da pandemia. “A necessidade mostrou a muitas empresas que a prática é possível, mesmo quando o trabalho presencial for retomado”, acredita Frederico Marchiori, da Oxiteno.”

Com certeza os formatos acima são algumas das tendências que devem perdurar após a pandemia.
 
Talvez algumas palavras chaves para a adequação pós pandemia sejam “flexibilidade, inovação, informatização, e gestão”.

Flexibilidade:  Entender que o empresário deve estar sempre preparado para a quebra de paradigmas, estando aberto à mudança e modernização de acordo com a necessidade empresarial, desapegando-se dos conceitos tradicionais e muitas vezes engessados, inclusive no que tange a gestão de pessoas, bem como identificação, aceitação, e adequação dos produtos, serviços, processos e tratamento de seu público-alvo.

Inovação: O empresário deve entender a importância de estar continuamente atualizado e se reinventar constantemente. Temos centenas de exemplos de empresas que se reinventaram ao longo do tempo e com isto garantiram sua manutenção durante a pandemia, como por exemplo: - Empresas que fabricavam roupas incluíram em sua linha de produção a fabricação de máscaras; empresas que atendiam público em lojas e/ou  restaurantes, se valeram do sistema de delivery; empresas que vendiam produtos no mercado físico passaram a vender seus produtos via e-comerce (sites próprios e/ou marketplace); prestadores de serviço cujos colaboradores trabalhavam em escritório passaram a trabalhar em regime de home office e assim por diante. 

Informatização: Com o advento desta pandemia ficou ainda mais clara e exacerbada a importância de garantir uma estrutura mínima de informatização dos processos empresariais. Não há o que se pensar em gestão empresarial sem o uso da informática para garantir o sucesso das empresas. Hoje, como nunca, se faz necessária a existência de um site para trabalhar a imagem, conteúdo e credibilidade da instituição, adotando recursos necessários para um posicionamento relevante nos sites de busca; desenvolvimento de conteúdo adequado e inteligente junto às redes sociais (Instagran, Facebook, Linkedin, WhatsApp, e outros) com utilização de ferramentas de marketing para aproximação de seus clientes, incentivando sua interação, de forma a acompanhar suas mudanças de hábito e estilo de vida; controles informatizados dos processos operacionais e comerciais que permitam avaliar e acompanhar o cumprimento de processos e metas estabelecidas, bem como  sistemas que permitam uma gestão online, com identificação e análise de indicadores para tomada de decisões.

Gestão: O empresário deve estar ciente de que o processo de gestão, independente de pandemia ou não, sempre será o ponto principal do sucesso de qualquer empresa. Parte do gestor o planejamento e definições estratégicas que nortearão todos os processos empresariais e os resultados a serem alcançados. Com tudo que tem acontecido com a pandemia, cabe ao gestor buscar o máximo de conhecimento, capacitação e experiência através de sua própria vivência durante todo este furação pelo qual temos passado, mas também buscar informações junto a seus contadores, consultores, associações de classe,  amigos empresários, e exemplos identificados junto a outras empresas (muitas vezes em outras cidades, estados, ou até mesmo países), que devidamente adequados às particularidades locais podem fazer toda a diferença. Ter um controle financeiro muito bem realizado, com análise de custo, precificação correta, DRE mensal, Fluxo de caixa e outros é indispensável para as tomadas de decisão acertadas na empresa. 

- Em síntese, concordando com o conteúdo discutido no site da PUC Carreiras:

Como identificar e conquistar novas oportunidades?

Diante de todos os desafios encontrados, é possível sim identificar e conquistar novas oportunidades. Se informe, acompanhe o mercado, conheça seus clientes, suas necessidades e expectativas, seus concorrentes, seus pontos positivos e oportunidades de melhoria...

Comece a se reinventar

Quem está na zona de conforto dificilmente vai se adaptar a esse novo cenário. É muito importante começar a se reinventar e enxergar novas possibilidades para problemas antigos e resoluções inovadoras para as novas adversidades. Por isso, ao invés de reclamar das novas condições, examine como torná-las melhores para você, seus colaboradores, e para seus clientes.

Desenvolva as habilidades de seus colaboradores

As empresas no pós pandemia precisarão contar com colaboradores que tenham algumas novas habilidades que se adaptarão muito bem ao contexto pós-pandemia. Será necessário contar com colaboradores que tenham iniciativa diante de alguns problemas, flexibilidade cognitiva, comunicação clara e objetiva, criatividade, boa gestão de tempo, resiliência, pensamento crítico e uma das capacidades mais importantes: a inteligência emocional. Adote uma gestão de pessoas voltada para a capacitação adequada de seus profissionais com foco no atendimento das necessidades e expectativas de sua empresa e de seus clientes, afinal, a qualidade no atendimento pode fazer a diferença no pós pandemia. Há, lembre-se de uma frase que pode fazer a diferença perante seus concorrentes: A qualidade está nos detalhes!!!

Foque na geração de resultados

Estabeleça um planejamento estratégico, por mais simples que seja, mas tenha muito bem definido como conduzir os processos financeiro, organizacional, produtivo, pessoal e comercial, com metas e indicadores muito bem definidos e realize sua gestão focada no alcance dos resultados pré-estabelecidos.

Busque novas capacitações

Sabemos que o capital humano é algo muito valorizado pelas empresas atualmente. Entretanto, é preciso compreender que as ferramentas de automação é que fazem o trabalho ser desenvolvido. Portanto, invista no conhecimento em tecnologia, compreenda, mesmo que parcialmente, sobre desenvolvimento de sistemas, gestão de pessoas e processos, e tenha uma noção de marketing. Um gestor atualizado e dinâmico tem muito a ganhar no cenário pós-pandemia.
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Tags: Administração, gestão, empreendedorismo, inovação, liderança, sucesso, competências, gerenciamento, sucesso,
 Prof. João Carlos Batista Prof. João Carlos Batista
Gestão & Empreendedorismo

Apaixonado pelo que faz, estudioso e atuante na área de consultoria empresarial, bem como na área de treinamento, experiência como docente na UFJF (Universidade Federal de Juiz de Fora) e Faculdade Metodista Granbery, integrante voluntário do Rotary International, onde atuou como Presidente do Rotary Club Juiz de Fora Norte no ano rotário 2018/2019, fundador e diretor executivo da Treinar Gestão Empresarial e Treinar Escola de Negócios a Distância, dentre outras significativas atuações como gestor em sua carreira profissional, o Prof. João Carlos Batista disponibilizará nesta coluna conteúdo relevante sobre “Gestão & Empreendedorismo”, com dicas, notícias e novidades relacionadas ao mundo empresarial, buscando auxiliar empresários e empreendedores no desenvolvimento de ideias, projetos, criação, organização, gestão e busca contínua do sucesso de seus empreendimentos. " www.treinarvirtual.com.br "

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