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Resumo da agenda econômica da última semana de abril e o que esperar do mês de maio

Publicado em 02/05/2023 - 13:31 Por Fernando Agra
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Créditos da imagem: https://www.bing.com/images/search?view=detailV2&ccid=qzgy8jgP&id=D5F5A01382FA188FE7FA83DE2DF4808D817A4835&thid=OIP.qzgy8jgPUMk9M49xi5dYiwHaD-&mediaurl=https%3a%2f%2fi0.wp.com%2flopezdoriga.com%2fwp-content%2fuploads%2f2018%2f06%2feconomia-finanzas.jpg%3f
Caro leitor, segue um resumo da agenda econômica da última semana de abril e o que esperar do mês de maio.
Vamos começar pelo câmbio. Mais uma semana que o dólar fecha abaixo do R$ 5,00 (a R$ 4,99), com uma queda de aproximadamente 1,4% na semana. No mês, o dólar passou de R$ 5,07 para os atuais R$ 4,99 (queda de 1,6%). No ano, a queda é ainda maior, 6,90% (o dólar começou o ano a cotado a R$ 5,36 e chegou no dia 04 de janeiro a R$ 5,45). Um dos fatores que contribuíram para essa queda do dólar, especificamente na semana, foi a divulgação do IPCA-15 de abril (prévia da inflação oficial), que veio abaixo das expectativas de mercado e foi 0,57% no mês e desacelerou para 4,16% nos últimos 12 meses (dentro do intervalo da meta estipulada pelo Banco Central). Todos os 9 grupos desse índice subiram, com destaque para o setor de transportes (1,44%), puxados pela alta dos preços da gasolina (3,47%).
Outro indicador que contribuiu para a queda do dólar na semana foi a taxa de crescimento do PIB nos EUA, que foi de 1,1% no primeiro trimestre desse ano e mostra uma desaceleração na economia. Por outro lado, o núcleo da inflação de consumo nos EUA, conforme dados divulgados nessa sexta-feira (28 de abril), ainda continua alto. Esse conjunto de dados mostra que, o Banco Central americano ainda poderá subir os juros na próxima reunião no início de maio em 0,25 ponto percentual e o mercado não sabe ao certo se o ciclo de aperto monetário chegou ao fim, ou se ainda haverá mais uma alta dos juros. Contudo, a perspectiva geral é de que as taxas de juros nos EUA não subam no ritmo que veio subindo ao longo dos últimos meses e acaba sendo perspectiva favorável para as futuras quedas que a Taxa Selic pode ingressar. Tanto é que os juros futuros, ao longo da semana, aqui no Brasil, apresentaram queda. A taxa de juros nos EUA encontra-se atualmente entre 4,75% e 5% ao ano e a nossa Selic está em 13,75% ao ano.
Entretanto, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu 3,32% em fevereiro, bem acima das expectativas de mercado. Esse índice é conhecido como a “prévia do PIB”. Como destacou, o presidente do Banco Central, Campos Neto, ao logo da semana, são vários os indicadores técnicos levados em conta para a determinação da Taxa Selic e com isso, encerramos mais uma semana e até um mês sem sabermos exatamente quando a Selic começará a cair e qual será o ritmo. Nessa mesma divulgação, Campos Neto mencionou que se a Selic não tive subido, o IPCA estaria em 10% e BC precisaria de uma SELIC na casa dos 18% ano atualmente.
Com isso, ao longo das próximas semanas, as diferentes opiniões entre o Banco Central e parte do Governo, bem como do setor empresarial, sobre o patamar em que a Selic se encontra, continuarão no noticiário econômico.
A Bolsa (B3) fechou a sexta-feira com alta de 1,47% e ganhos de 2,5% no mês de abril. No ano apresenta uma queda de de aproximadamente 4%.
E o que esperar para maio? Nessa semana termos uma nova "super quarta", onde serão divulgadas as taxas de juros aqui no Brasil e nos EUA. Amanhã sairá mais um índice de inflação da Zona do Euro e na quinta será divulgada a nova taxa de juros por lá também.  Especificamente aqui no Brasil, vamos analisar como caminharão os trabalhos para as CPI´e como vai afetar o andamento do arcabouço fiscal.
Esse post serviu de síntese para a minha entrevista, ao vivo, no Band News TV, no domino, 01 de maio de 2023. Segue o link com a entrevista completa: youtube.com 

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