Se você não se sentir um pouco ansioso, não levantará da cama para trabalhar. Ela tem uma função adaptativa, que move os nossos recursos psíquicos e físicos, como forma de antecipar uma situação de perigo.

Porém, a ansiedade se torna prejudicial quando paralisa ou não lhe permite viver no presente, como bem afirmou Sêneca:

“Nada é tão lamentável e nocivo como antecipar desgraças.”

Quando ela se converte em uma antecipação neurótica das circunstâncias, perde seu papel de autoproteção, proposto a priori.

Assim a vida que se faz no presente, fica comprometida. Sempre escuto pacientes questionando  sobre o sentido de suas vidas, um propósito. 

Penso que para cada um há um valor e um modo, mas principalmente o sentido de toda vida é ela em si. O propósito da sua vida é vivê-la da sua melhor forma possível. Que é individual e subjetivo. 

Agora, se a vida se faz no presente, como viver antecipando um sofrimento? 

Lembre-se que por se preocupar em demasia com o futuro, perde-se o presente. E por medo de morrer, alguns deixam de viver.

Gabriela Lein